As eleições no Fluminense, o futuro, o passado e a fanfarra.

050898 vanguarda no poder

As eleições no Fluminense são apenas no fim do ano (Novembro ou dezembro, acho eu),mas foram antecipadas há tempos.

O candidato Pedro Trengrouse inclusive que todo santo dia divulga vídeo chamando os adversários pra debate ou faz uma “proposta”, divulga seu currículo, etc, provocando intensa atividade em seu site.

Sites especializados no Fluminense e dirigidos por tricolores fazem matérias a todo momento com temas relacionados à eleição, em sua maioria sendo oposição à atual gestão e dando voz às chapas de oposição que disputam a eleição.

Normal e do jogo, eleição é assim.

O problema em si está na ausência da tal transparência que cobram tanto da gestão atual: Nenhum site se assume enquanto apoiador de candidato A ou B. Mas todos têm linhas editoriais claras, e a maioria delas circula em torno da divulgação de notícias e de vozes ligadas às chapas apoiadas por Antônio Gonzales do Movimento MR21 e Celso Barros, que até o momento ainda é pré-candidato, mas pelo andar da carruagem tende a apoiar Pedro Trengrouse, que não acharia nada mal receber esse apoio.

Bem, pra começar informo que eu apoio a atual gestão, embora seja um veemente crítico da forma como atua no futebol e no marketing. Sempre fui claro que apoiava a atual gestão e apoiaria, e apoiarei caso seja candidato, Mário Bittencourt para presidente, com a devida ressalva que ele teria de manter a política de gestão financeira de Peter.

Agora que já cumpri a devida formalidade da transparência eu gostaria de cobrar a mesma transparência dos demais candidatos.

Se Pedro Abad é cobrado pela gestão Peter Siemsem, por que Trengrouse quando é abordado por ter em seus círculos de apoiadores Antônio Gonzales que foi responsável direto pelo rebaixamento do clube à série C não é cobrado por isso?

Por que Abad tem de ser atacado e cobrado por ao responder a perguntas sobre um suposto shopping nas laranjeiras dizer “Não sou refratário à ideia, mas quem decide são os sócios e os conselhos!”, e é cobrado pessoalmente e como, adora Trengrouse, fulanizadamente, mas Pedro Trengrouse não é cobrado por ser apoiado por Julio Bueno, aliado de Horcades, que é responsável direto pela escalada de dívidas do Fluminense e conseguiu não aproveitar o investimento da Unimed no futebol pra sanear dívidas e as ampliou, deixando o clube com dívidas enormes na Fazenda Nacional, com o FGTS e até na companhia elétrica?

Por que Peter é cobrado, com razão, pela péssima gestão no futebol e Trengrouse, que tem como aliado quem na gestão do futebol nos levou á série C, aparece como “o novo”?

Por que Trengrouse, que prega “continuidade sem continuísmo” ataca exatamente a gestão Peter em relação a projetos de Xerém, centrais, como o da compra do clube na Eslováquia e na gestão financeira insinuando que a contratação de jogador para 2017, Sornoza que é um dos destaques da Libertadores, é “gestão temerária e pode nos tirar do PROFUT”? Por que Trengrouse faz essa sugestão no mesmo vídeo que diz “desconhecer os detalhes e cobrando transparência”? Não conhece os detalhes, mas insinua gestão temerária?

E contratação de jogador deixou de ser ativo? Contratação, se é que está acontecendo, de um dos destaques da mais difícil competição continental deixou de ser ampliação de ativo pro próximo presidente?

Mas não paremos por aqui, vamos mais longe, vamos deixar de “fulanizar”, vamos falar de propostas: quais as propostas dos candidatos para futebol, marketing, gestão do clube, etc?

Nenhuma. Isso mesmo, nenhuma, nenhum deles tem proposta nenhuma.

Abad, Cacá ao menos apontam, corretamente, que tem muito tempo pra eleição e que é preciso maturar programas, etc, mas Trengrouse chama a todos o tempo inteiro para debates, produz vídeo atrás de vídeo, demonstra um vasto, e bom, currículo, mas… e suas propostas? Nada, castelos de areia, castelos de nuvem, nada.

Trengrouse propõe ampliação da participação da torcida na gestão do futebol, mas não só não diz como, como a sugestão que deu, a de escolha de treinador via internet por consulta com a torcida, demonstra que ele entende pra caramba de espetáculo e marketing, mas ZE-RO de gestão esportiva.

Pois é, em um mundo onde a cobrança de cada vez mais profissionalização do futebol, com o time em campo sendo parte de um complexo sistema de negócios, onde a desportividade tem relação direta com arrecadação em marketing, etc, e onde o time em campo tem de ter um processo claro de ligação entre gestão, contratação, organização tática, identidade técnica e tática entre todas as suas equipes, entre base e profissional, ou seja, um puta sistema complexo onde o técnico é parte essencial da engrenagem, o brincalhão sugere que façamos uma escolha do gerente executivo, do diretor técnico, do principal profissional da parte operacional do departamento de futebol, via enquete de internet e participação da torcida por eleição.

Percebe, Ivair?

Sabe o que é isso? Factoide. Porque é antiprofissional em sua essência. E explico: uma torcida é composta por milhões de pessoas, com compreensões díspares de tudo, de política a música, passando por perfis táticos e opções de planejamento de curto, médio, longo prazo pro futebol. Além disso, 90% dessa torcida é absolutamente leiga em futebol, age e pensa com uma base sustentada em senso comum e que não diferenciam Eduardo Baptista de Levir Culpi em relação a perfil de gestão técnica e tática de elenco e de jogo, que pedia Roth pra substituir Eduardo Baptista, que soa quase como pedir Vinho Rosé pra substituir Suco de pêra. É essa mesma torcida que vai definir o técnico de uma equipe que custa milhões por ano e é a ponta de um processo de faturamento de outro tanto de milhões por ano? Sacaram?

Tem mais, e tudo o que se lê sobre a gestão de trabalho em futebol onde trabalhos de médio a longo prazo tendem a ter resultados melhores? E os que também colocam que a manutenção de um perfil tático, definido com a clareza de que deve ter resultado em geral de médio a longo prazo, alguns em longuíssimo prazo? Tudo isso vai ser jogado no lixo, toda a abordagem profissional do futebol em nome de uma ação factoide que é antiprofissional em sua essência, é democratista, e não democrática, e explode qualquer planejamento mínimo de futebol? Ou a contratação DO ELENCO também vai ser via enquete, dane-se a gestão financeira e a integração com a base?

Percebem que o candidato não tem a menor ideia de como pretende gerir o futebol?

Mas não para por ai, ele sugere que uma tática de contratação seja a de uso de “Crownfunding”, porque funcionou pra produzir livros e festas. Sério que um especialista da FGV em direito esportivo não sabe a diferença de dimensão de financiamento coletivo entre milhares de reais e muitos, mas muitos milhões de reais? Não acompanhou o caso Wesley no Palmeiras?

Além disso, o candidato ignora um outro lado do processo: a concorrência entre um possível “Crownfunding” pra contratação de jogador e nossos planos de sócios, sem que o “Crownfunding o permita aos associados a conquista do direito de exercer a cidadania tricolor, em resumo, de votar pra presidente do clube? Ou há uma relação direta entre a defesa de um e outro com o objetivo de no médio prazo reduzir o colégio eleitoral?

Pra piorar o candidato videomaker adora sugerir que precisamos “nos unir em torno do Fluminense”, mas seus aliados, como Gonzales, que nos levou à série C, adora atacar a direção acusando Peter Siemsem de “O pior presidente de nossa história”.

O candidato não dialoga com seus aliados? Ou dialoga, mas a chapa é solta, cada um defende o que quer? O candidato concorda com seu aliado?

E se Gonzales acha que Peter é o “pior presidente da nossa História”, mesmo sendo vice presidente de futebol em 1998 e nos levando pra série C, qual o parâmetro de “continuidade, sem continuísmo” de Gonzales, da chapa e por consequência de Pedro Trengrouse?

E se Gonzales acha que Peter é o “pior presidente da nossa História” o que ele acha de Álvaro Barcelos que o colocou na vice-presidência de futebol, era melhor que Peter Siemsem? E se Gonzales acha que aqueles presidentes com os quais conviveu e apoiou são melhores que Peter Siemsem, Pedro Trengrouse seria parecido com eles?

Qual o papel de Julio Bueno, que faliu o Estado do Rio de Janeiro, e Antônio Gonzales, que nos levou à série C, teriam numa presidência Pedro Trengrouse?

Que perfil de futebol Pedro Trengrouse pretende pra o Fluminense?

Que tipo de gerência de futebol, que tipo de uso da base, como ele pretende pensar o comando técnico pra construção de um perfil técnico-tático de longo prazo no Fluminense?

Como Pedro Trengrouse pretende superar a péssima gestão de futebol de Peter Siemsem, que demite técnico a cada três meses e não permite que tenhamos um perfil tático definido de médio longo prazo? Empoderando a mesma torcida que pede cabeça de técnico a cada três meses ou definindo um perfil tático e de gestão de elenco pro técnico, gerente e executivos de futebol? Não sabemos, sabemos apenas a fanfarra em torno de factoides que nada dizem e são antiprofissionais, pra dizer o mínimo.

Além disso, que maldita unidade em torno do Fluminense que Pedro Trengrouse cobra se sua chapa atua claramente com o mais rebaixado nível de ataques à direção atual, ignorando seus acertos, não propondo soluções para seus erros e chegando ao nível de chamar a direção de “Gestão fala fina”, pra pegar apenas o mais leve dos ataques homofóbicos que Gonzales dirige a Peter Siemsem?

Tem um oceano de diferença entre a crítica, necessária, e a falácia. Tem continentes que separam as críticas dos factoides e da desqualificação rebaixada. E Trengrouse sabe, ou deveria saber disso, mas se esconde da mediação entre aliados e a própria eleição apelando pra uma junção de uso de peões como Gonzales pro trabalho sujo enquanto ele desfila uma fofura pokemon em vídeos fazendo ataques supostamente “de boa intenção” sugerindo incompetência e gestão temerária nas finanças por parte de Peter Siemsem.

É uma tática espetaculosa, e também de morde assopra, com base zero de alternativas de gestão à gestão atual. Principalmente dando a quem torce e vota pra presidente do Fluminense uma alternativa que consiga o avanço de gestão financeira e acréscimo de patrimônio que a gestão Peter Siemsem nos deixa aliado a uma gestão de futebol tão profissional quanto a que saneou o clube.

Pior, nem marketing, que em tese Trengrouse seria também especialista, nós temos uma concreta posição e uma linha sequer de proposta séria. Basta procurar no site, a única proposta que há no site, séria, concreta, escrita e que não seja um vídeo com bela atuação do candidato, mas zero de conteúdo, é a de transformação do Fluminense em fundação, o que já é em si temerário, podendo configurar até meios de fuga da fiscalização por parte do PROFUT.

Temos então problemas sérios pras eleições desse ano e uma crise séria pra enfrentar: Não temos candidatos que tenham hoje propostas sérias sobre ampliação de nossa base de arrecadação, nem de profissionalização séria da gestão do futebol (compreendendo todo o aspecto esportivo como parte de um sistema de arrecadação, identidade, etc),mas temos uma perigosa união entre o atraso simbolizado por Gonzales e Júlio Bueno com uma candidatura sustentada num perfil marqueteiro, com tática política de inundação das redes e da torcida de propaganda eleitoral vaga e organizada em torno de frases de efeito, mas nenhuma proposta e que se vende como “o novo”,mas oculta, esconde a volta do mais daninho que já passou pelo Fluminense.

Pra piorar, temos uma ação conjunta entre torcidas organizadas ligadas a membros da chapa “Verdade Tricolor” e que pedem a volta de Celso Barros, que já declarou que pagar as dívidas não ganha títulos.

Juntem tudo, somem e vejam o tamanho do problema.

Se a gestão Peter falhou duramente em diversos pontos, sendo coparticipante de um rebaixamento, ela deixou legados que são a gestão financeira do clube, a penetração política do clube na construção da Primeira Liga, que pode vir a ser o germe de uma liga Nacional, e da liga sul Americana de Clubes e a ampliação de patrimônio.

Entregar esse legado à vanguarda do atraso que sustentou gestões que nos levaram à série C e à falência é assustador.

E sobre o rebaixamento em 2013: Não vamos esquecer que a gestão do futebol era da Unimed, que tinha um peso absurdo em 2013 e secou, por absoluto desprezo ao clube e disputa com o presidente do clube, todos os meios de fortalecimento do elenco, sabotou Abel Braga e nos empurrou Luxemburgo por meses a fio.

Mas site tricolor nenhum lembra disso, blogueiro nenhum lembra disso, fica mais fácil discutir a partir da visão de Gonzales, que nos levou à série C e apoia Trengrouse, que Peter Siemsem é o pior presidente de nossa História.

Não é, mas dependendo de quem vença nas eleições desse ano isso só vai ser notado quando a conta da irresponsabilidade marqueteira chegar.

11 comentários sobre “As eleições no Fluminense, o futuro, o passado e a fanfarra.

  1. Amigo a sua análise parece bem intencionada mas mais confunde do que esclarece. Pedro Abad responde por Peter Siemsem, nos acertos e nos erros, por apoiar e participar da gestão. Trengrouse não pode responder por Gonzalez ou Júlio Bueno pois não controla, por mais cômodo que seja, quem o apóia. E não tem como controlar! A não ser que tenha fechado acordos com aqueles e não há no momento prova de que o tenha feito, não pode ser responsabilizado pelo passado ou pelas opiniões de quem decidiu votar nele.
    Sobre as propostas você compara nada com alguma coisa. Pedro Abad e Cacá não apresentaram até agora nenhuma proposta para o futebol que não fosse contratar um CEO. Trengrouse apresentou uma proposta imbecil mas apresentou algo. Algo para ser criticado, algo para ser debatido, algo para ser aperfeiçoado. Não se pode comparar nada com uma porcaria. A porcaria a gente sabe que não presta e nada?
    Ao menos a campanha de Trengrouse tem sido conduzida com competência, na sua visão de forma até meio que desonesta mas tem aparecido para quem vota. O marketing está funcionando, está competente. O que os outros estão apresentando?

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    1. Bem, se a campanha Ttrengrouse faz a proposta de trazer o Messi por crwonfunding, por aomneos ter feitoe ssa proposta, por mais estapafúrdia que seja, irrealizável,etc, tá de boa então vamos deixar de criticá-la porque ele fez uma proposta? é o que você afirma.

      e eu não comparo, basta ler com calma e vais ver que critico a ausência de proposta de TODOS e deixo claro que nem as supostas propostas de Trengrouse são propostas, são slogans, propostas não. e se forem tratadas como propostas, como ele, e você, entendem que devam ser, devem ser criticas como o foram.

      Sobre Abad responder sobre Peter e Trengrouse não responder sobre Gonzales tem, no mínimo, um desequilíbrio na tua colocação. Sem Peter controla Abad, nem Trengrouse controla Gonzales,mas ambos os têm em sua base de apoio e devem sim responder por erros e acertos mútuos.

      Trengrouse tem de dar conta de seus aliados SIM SENHOR, são parte da base de apoio dele e já por isso tem enormes chances de fazerem parte da gestão Trengrouse.

      Não farão parte? Então é função do candidato afirmar isso. Farão parte? Memso com a história pregressa? Que função terão?

      Essa afirmação aqui é engraçada: “O marketing está funcionando, está competente. O que os outros estão apresentando?” bem, o fato de apresentar tyorna uma candidatura melhor que as outras? Hummmm.

      O slogan é suficiente? Ah, se pra tyi é suficiente eu lamento, pra mim apavora o fato de um candidato ter como seu lado melhor o marketing, vazio, sobre nada e com, na melhor das hipóteses, um amarrado de propostas plenas de factoide e só. E também apavora, e pus isso no texto,basta ler com cuidado, a ausência do cotnraditório, os demais não apresentam nada.

      Mas gostei do teu comentário, diz muito. Mas recomendaria ler o texto novamente. Foco no Trengrouse porque ele tem uma campanha, que estava e está agindo de forma agressiva, no bom e no mal sentido, pra vencer as eleições, e que se sustenta sem base alguma,mas deixo claro que nenhum candidato tem propostas concretas e explico,minuciosamente, porque.

      Se Cacá e Abad falam em CEO, Trengrouse fala em ‘A torcida apitará em tudo” o que é mentira, sabemos disso, e se for verdade lamento pelo meu Fluminense.

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      1. Comungamos da mesma opinião, de forma que gostei do seu texto. Você não disse, daí eu acrescento, que a proposta do Trengrouse em permitir que a torcida “escolha técnico” está na verdade vinculada a uma categoria especial de sócio-torcedor que daria esse direito, e nada barata, algo de no mínimo 200 reais. Bizarro, considerando que hoje o sócio-futebol dá direito a votar pra PRESIDENTE e nem por isso o programa faz esse sucesso todo.

        O bizarro passa a surreal quando o candidato defende que tal programa viabilizaria o aporte regular de verbas para o clube, uma vez que a grana da TV tende a secar com o avanço das outras mídias. Mesmo havendo um aporte absurdo de novos sócios pagando essa grana, como planejar a manutenção desse volume financeiro, uma vez que, sendo possível a desfiliação em qualquer tempo, esse valor é volátil? Vai contar com o ovo na galinha?

        Gostaria de ressaltar que ninguém me contou isso. Eu ouvi do próprio candidato numa exposição de suas ideias para um grupo de aproximadamente 20 tricolores alguns dias atrás. A educação e a sensação de me parecer um candidato sem qualquer chance me levaram a não questionar propostas tão estapafúrdias.

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  2. Desculpe mas não há como tentar isentar Peter e sua gestão sobre o rebaixamento e 2013. E com o incrível gravante de ter em mãos nada menos que o atual campeão brasileiro. A gestão de futebol do PS tem sido horrorosa.
    Acho importante o eleitor se interessar em conhecer bem candidato da situação (Pedro Abad), e o de oposição (Pedro Trengouse), está a meu ver entre estes dois (e considero o Trengouse mais hábil para o cargo, que é mais relacionamento e capacidade de articulação do q qquer outra coisa).

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    1. Se você ler com cuidado verá que eu não isentei Peter do rebaixamento em 2013 e que eu afirmo em vários pontos que a gestão Peter no futebol é horrorosoa, e é mesmo. Só que não foi apenas a gestão Peter horrorosa que nos rebaixou em 2013. A influência de Celso Barros e seu jogo de garrote financeiro por seu lado, e a PGFN por outro, travou o departamento de futebol. Se Peter com dinheiro é ruim, imagina sem. E pra piorar o Fluminense ficou totalmente a mercê do Celso e Rodrigo Caetano impondo Luxemburgo meses a fio, tendo demitido Abel antes destroçando a capacidade de reorganização do elenco.

      Abel inclusive já defendia reformulação do elenco naquele ano, foi rifado por Celso, com a anuência de Peter, e foi ali que caímos.

      Também acho fundamental o eleitor saber quem são os candidatos,mas a gente precisa sair da ilusão sobre eles.

      Trengrouse é mais hábil pro cargo? Tem mais títulos, é especialista em gestão, tem bom time,mas não expklicitou nenhum plano concreto de gestão do futebol que anime. Tem discurso dúbil sobre a manutenção do lado bom da gestão Peter, não colcoa suas ideias sobre Marketing do clube, nada. As colocações, de todos, Abad inclusive, sobre gestãod e futebol são pavorososas,mas as do Trengrouse são preocupantes, porque trabalham com uma falsa promessa de democratização da gestão do futebol prometendo na verdade destroçamento do planejamento.

      Pode ser que estejam formatando uma proposta concreta e ele tenha apenas formulado o lado marketeiro da proposta? Tá, pode ser,mas até agora não parece.

      E sim, me orepcupa o que cerca a candidatura. Nãoa dianta ter o Somoggi na equipe se a base política for Gonzales e Julio Bueno e eles tiverem peso copncreto sobre a gestão.

      Vale lembrar que a pressão política do Flusocio teve influência em decisões do futebol e do marketing também, e o Flusocio é fofo e lindo perto de Gonzales e Julio Bueno.

      Repito o que disse no texto, a gestão Peter pra mim é a melhor desde sei lá quando, é melhor que a do Fischel e talevz seja melhor que as dos anos 1980, exceto na atividade fim do clube e seu principal papel: O futebol. O holofote ai diminui a gestão,mas a importância dela é enorme. Só o Ct e o saneamento financeiro já colocam o Fluminense em outro patamar.

      Oposição e situação teriam, ao menos pra mim, que partir do que foi a gestão Peter pra melhor: Como tornar a gestão do futebol e do marketing boa sem mexer nos parâmetros que mudaram o patamar do Fluminense?

      Nenhum deles responde a essa pergunta. O que Trengrouse faz é outra coisa: Espetacularizar propostas genéricas com bom eco no eleitorado,mas com pouco efeito prático na gestão do futebol ou até efeito ruim. A torcida ser participante em tudo da gestão do futebol é criação do caos. A única saída pra isso é que sócios torcedores participem de debates para a organização de um perfil de gestão técnico-tática do futebol, de tipo parecido com o que o governofaz pra construção da Base Nacional Curricular, onde debates são feitos, onde se pegam contribuições na formulação do programa e isso fica pronto de forma democrática em dois ou mais anos. é isso? não me parece, da forma como Trengrouse coloca é escolher técnico por enquete na internet, isso é maluco.

      E por ai vai.

      e me preocupa a presença de uma tática de oposição que faz ação pendular e ataca de forma suja via “apoiadores’ como gonzales e faz insinuações de forma aparentemente “aberta ao diálogo” nas palavras do candidato.

      Se o papo é fazer eleições de forma adulta, séria,etc não precisa-se atuar apenas apontando a agenda negativa do outro e fazendo o jogo da derstruição do adversário, da desqualificação dele e da insinuação de gestão temerária. em uma eleição desse tipo é posśivel elevar o debate e fazer uma abordagem propositiva, que trabalha a gestão atual em seus erros e acertos, corrigr os erros e avança a partir dos acertos.

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    2. Só mais um adendo: A gestão do clube é futebol,mas não só futebol. analisar a gestão toda só olhando pro futebol, e tratando a gestão do futebol como se em tudo Peter fosse o que foi pro futebol é reduzir o papel da gestão do clube, que clube ele pegou e que clube ele entregou.

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  3. Comungamos da mesma opinião, de forma que gostei do seu texto. Você não disse, daí eu acrescento, que a proposta do Trengrouse em permitir que a torcida “escolha técnico” está na verdade vinculada a uma categoria especial de sócio-torcedor que daria esse direito, e nada barata, algo de no mínimo 200 reais. Bizarro, considerando que hoje o sócio-futebol dá direito a votar pra PRESIDENTE e nem por isso o programa faz esse sucesso todo.

    O bizarro passa a surreal quando o candidato defende que tal programa viabilizaria o aporte regular de verbas para o clube, uma vez que a grana da TV tende a secar com o avanço das outras mídias. Mesmo havendo um aporte absurdo de novos sócios pagando essa grana, como planejar a manutenção desse volume financeiro, uma vez que, sendo possível a desfiliação em qualquer tempo, esse valor é volátil? Vai contar com o ovo na galinha?

    Gostaria de ressaltar que ninguém me contou isso. Eu ouvi do próprio candidato numa exposição de suas ideias para um grupo de aproximadamente 20 tricolores alguns dias atrás. A educação e a sensação de me parecer um candidato sem qualquer chance me levaram a não questionar propostas tão estapafúrdias.

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  4. Não sou de nenhuma corrente política, ainda não tenho candidato, mas fiquei extremamente curioso do por quê de seu apoio ao Mário Bittencourt, numa possível candidatura.

    A meu ver, foi uma das passagens mais catastróficas e constrangedoras na vice-presidencia de futebol do clube, dezenas de contratações mediocres (e estranhas), contratos longos (e estranhos) – simbolizados por um terno abraço no Wellington Paulista – e a certeza de que ele nunca deveria ter deixado sua área de atuação, os tribunais.

    Você está falando do Mário Bittencourt mesmo? É sério?

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    1. Um dos piores artifícios retóricos é o que desvia do tópicode um debate pra em tese pegar um elo de todo o discurso, separá-lo do todo, em tese o elo mais fraco e menos abordado do discurso, pra que o interlocutor se perca na linha de raciocínio.

      Acho que enfraquece o debate, torna-o pueril.

      Mas vamos lá, eu respondo:

      Analisar a vice presidência do Mário ignorando o contexto de saída da Unimed, pouco dinheiro no caixa e necessidade de recomposição do time de forma criativa é trabalhar com a pior forma de raciocínio, que sequer pode ser chamada de análise, a superficialidade que só olha pra ponta.

      As contratações “medíocres e estranhas” forma as contratações possíveis em um cenário de terra arrasada com a saída da parceira, perda de Conca, Sóbis, Carlinhos e Bruno e tentativa de manter uma lógica de uso de Xerém somado ao uso de apostas. Sempre, sempre que esse tipo de perfil ocorrer o peso da crítica resultadista vai ser implacável, e o foi.

      Erros de Mário existem a balde, como a contratação de R10 e de Wellington Paulista,mas buscar apostas de baixo custo que fosse úteis ao time ser considerado um erro, emum ano de baixa de grana é miopia.

      Claro que a ausência de resultados em um ambiente extremamente tolo e resultadista ignora que clubes precisam de dinheiro pra contratações. Pra torcedor dinheiro nasce em árvore.

      Acho que o uso de “catatrófico e constrangedor” pra vice presidência do Mário ignora mais ou menos uns bons dez a quinze anos de História do Fluminense, pra ser bacana. E também lembra frases de um certo oposicionista que diz que a gestão Peter é a “pior da História do Fluminense!”. Porque Mário Bittencourt não foi pior que Tote Menezes, Ricardo Tenório, Francisco Horta que foram Vice Prsidentes de 2000 até hoje. Ah,mas Tote Menezes venceu título e Tenório foi o vice que junto com Mário em 2009 fez o milagre de sairmos do rebaixamento, cê opode dizer,mas todos deixaram enorme passivo, perda de jogadores por não pagamento de FGTs, não abriram espaço pra base, nada. Sofremos, quase fomos rebaixados em 2006,2008 e 2009, e também com trocentas contratações estapafúrdias,mas.. com dinheiro Unimed.

      Por que eu apoiaria o Mário: Tem profundo respeito ao Fluminense, é aberto a novas ideias, é excelente na defesa institucional, tem trânsito no futebol e tem presença junto aos jogadores e técnicos. comete muitos erros, como o principal: Não mantinha um técnico por mais de três meses, assim como Peter, e com pressão de Peter. Mas tentava, procurava sair da measmice.

      Sobre os contratos longos: O Fluminense faz contratos longos, sempre, desde 2009, como meio de não perder jogadores e permitir a formação de times com longa duração. E Mário inclusive não fez contratos longos com a maioria: Vinícius, Lucas Gomes, por exemplo, tinham cotnrato curto e saíram de graça pra CAP e Londrina, que repassou Lucas Gomes pra Chapecoense onde faz ótimo brasileiro, sendo titular lá. Fez contrato longo com Victor Oliveira, Arthur, Giovanni e Wellington Paulista, dos quatro só o último é absolutamente um erro. Giovanni foi bem na primeira temporada até se machucar. Nessa tá muito mal, o que nãonsignifica que não possa melhorar ou até ser emprestado e render alguma grana em venda futura. Arthur e Victor Oliveira são jovens, o segundo tem potencial, e apenas 19 anos, e também pode render boa grana.

      Enfim, falta um pouco de cuidado nas análises, tem uma lógica bastante afoita nessa sua colocação.

      E me salta os olhos a pergunta pinçada, que parece ter sido escolhida a dedo,mas tá aí a resposta.

      Aguardo manutenção do nível do debate.

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  5. Antes de mais nada, até compreendo que o clima político o faça receber com pedras na mão, insinuações e palavras como “artifícios retóricos”, “pueril”, “pior forma de raciocínio”, “sequer pode ser chamada de análise”, “lógica bastante afoita” e “pergunta pinçada” – qualquer desconhecido que venha a teu blog e lhe faça uma simples pergunta.

    Mas se tua preocupação é em manter algum nível de debate, não será agindo desta forma. Até por educação e fidalguia.

    Como eu disse, não sou de corrente alguma, acho todos os candidatos ruins e não preciso de artifícios, nem de pinçar nada, nem de fazê-lo de perder raciocínio algum.

    Pra falar a verdade, juro que nem sequer sei quem é você, de que grupo faz parte, etc. Simplesmente venho lendo tudo que posso sobre a política do clube para pode votar da melhor forma e, por acaso, vim parar nesse teu texto. Texto que, inclusive concordo bastante no que se refere ao Trengouse (que até era minha intenção de voto dias atrás, veja você).

    Não tive qualquer segunda intenção ao pegar ‘o elo mais fraco e menos abordado do discurso’. Apenas foi um ponto que me chamou a atenção e fiquei, sinceramente, curioso o por quê alguem em sã consciência ainda apoiaria o Mario Bittencourt para qualquer cargo dentro do Fluminense (que não seja na parte jurídica).

    A propósito, e com todo o respeito, teus argumentos para tal me pareceram fracos: “tem profundo respeito ao Fluminense, é aberto a novas ideias, tentava, procurava sair da mesmice”. Mas veja, é a MINHA opinião, não precisa me agredir por isso e vice-versa, ok?

    Boa noite e saudações tricolores.

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    1. Diante da prévia repulsa à candidatura Mário, que se saísse deveria ir além da minha simpatia por sua figura e pela realização dele em 2009 e 2015, considerando todo o contexto, é claro que qualquer argumento seria fraco.

      O argumento foi além desse pinçado, basta ler com atenção, coloquei toda a vice presidência dele dentro do contexto,etc e tals e coisa e maripousa.

      Mas repito: Pinçar a colocação sobre o Mário me pareceu um artifício retórico.

      Sobre o Trengrouse, estou para escrever um novo texto diante de fatos novos como a afirmação dele em rede social que ele recebeu apoios, como o de Julio Bueno e Gonzales,mas que estes não participarãod e sua gestão. Também apontou que sua gestão pretende seguir um planejamento do futebol apoiado naparceria com a Universidade do futebol.
      Diante disso pra mim os três candidatos são dignos de serem presidentes do Fluminense, tanto Cacá, quanto Abad e Trengrouse, e Mário estaria entre eles pra mim, significam um perfil de presidentes que não fugiriam do perfil de gerência do clube que Peter iniciou e podem melhorar onde ele errou, especialmente no futebol e no marketing. A ideia do CEO gerenciar o futebol que abad coloca é boa, a ideia de Trengrouse de estabelecer um planejamento integrado do clube inteiro, com o futebol fazendo parte do sistema em núcleos de gerenciamento com perfil claro, incluindo o de contratações e técnico-tático, também me agrada.

      Repito, pra mim o candidato seria Mário, que pelo perfil tem plenas condições de ser presidente pelas razões que coloquei. Não tem como eu dizer nenhuma razão específica relacionada a planejamento além do dele ter uma lógica de integração da base com o profissional com gestão de jogadores importantes e razoável utilização do mercado com base em contratações por scout sem verba. Ele não tem um plano de gestão em site apras que o argumento vá além disso. Em 2016 contratou bem (Boa parte do time foi feito a partir de contratações do Mário), inclusive nas apostas. Erro maior: Bancou pela metade Eduardo Baptista, se era pra demitir em Abril era melhor demitir em dezembro.

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